Caso Cláudia Lobo: Justiça marca audiência para ouvir 12 acusados de desvios milionários da Apae de Bauru
18/07/2025
(Foto: Reprodução) Polícia cumpre novos mandados em investigação de desvio milionário na Apae de Bauru
A Justiça marcou para os dias 17 e 24 de outubro a audiência de instrução para ouvir 12 réus envolvidos no caso de desvios milionários de recursos da Apae Bauru. As investigações tiveram início em agosto de 2024, um mês após a secretária executiva da entidade, Cláudia Lobo, desaparecer.
A audiência será realizada no Fórum da cidade, a partir das 09h, de forma presencial e contará com a presença do empresário e ex-presidente da entidade, Roberto Franceschetti, que está preso em Guarulhos (SP) após ser apontado como autor do assassinato de Claudia.
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Além do ex-presidente, o juiz Jair Antonio Pena Júnior vai presidir a audiência para ouvir os acusados e colher novas provas.
Veja abaixo quem são os réus:
Leticia da Rocha Prado Lobo (filha da ex-tesoureira Claudia Lobo)
Ellen Souza
Renago Golino
Gisele Aparecida Tavares
Diamantino Passos
Izabel Cristina
Persio de Jesus
Maria Lúcia Miranda
Felipe Figueiredo
Fernando Sheridan Rocha roreira
Gabriel Gomes da Rocha Rodrigues
Renato Tadeu de Campos.
As apurações do processo serão feitas pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold). A ação, movida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), pede a condenação dos integrantes do esquema. Serão imputados os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A investigação da Polícia Civil apurou que Roberto Franceschetti superfaturava notas fiscais a partir da prestação de serviços para a Apae, como manutenções e reparos na entidade, com um contrato de R$ 9 mil por mês até o ano de 2023. Em 2024, o contrato foi renovado e o acusado passou a receber R$ 20 mil mensais.
Em entrevista à TV TEM durante as investigações, o delegado responsável pelo caso, Glaucio Stocco, afirmou também que os repasses da entidade para a empresa chegavam a R$ 600 mil. Além disso, as investigações apontaram que parte desse dinheiro voltava para o ex-presidente da instituição e acusado de matar a ex-secretária executiva Cláudia Lobo.
Com base no inquérito que investiga desvios milionários na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru, sete pessoas foram presas em dezembro de 2024 durante uma operação da polícia coordenada pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold).
O inquérito foi aberto em paralelo à investigação do desaparecimento e assassinato da secretária executiva da entidade, Cláudia Lobo, em agosto de 2024. Foram expedidos mandados de prisão entre funcionários da Apae e familiares de Cláudia.
Em os dias 9 e 10 de outubro deste ano, Roberto vai à júri popular pela morte de Claudia Lobo, enquanto Dilomar Batista é réu por ocultação de cadáver e fraude processual.
Justiça marca audiência de caso Apae Bauru com 13 réus por desvios milionários
Andressa Lara/TV TEM
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