Ministério Público denuncia 35 envolvidos com tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa que atuava em MG, SP e MT
17/12/2025
(Foto: Reprodução) Agente do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPMG
MPMG/Divulgação
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou 35 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa que atuava em várias cidades do estado, incluindo Belo Horizonte, e em municípios de São Paulo e do Mato Grosso. A denúncia destacou a prática de crimes como tráfico interestadual de drogas, posse de armas de uso restrito e lavagem de dinheiro.
As investigações começaram em fevereiro deste ano, quando um homem foi preso em flagrante com cerca de 40 quilos de maconha em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. A prisão levou à descoberta de uma rede altamente estruturada e com divisão de funções, como núcleos de liderança, fornecimento, distribuição, logística e pagamentos.
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Segundo o MP, o grupo movimentou mais de R$ 400 mil em pouco tempo, usando dezenas de contas bancárias de terceiros e empresas de fachada para dificultar o rastreamento do dinheiro.
"O grupo atuava de maneira profissional, utilizando-se de múltiplos aparelhos celulares, sistemas de comunicação cifrada, padronização de preços e procedimentos e, sobretudo, fragmentação sistemática de pagamentos através de dezenas de contas bancárias de terceiros (laranjas)", disse a 4ª Promotoria de Justiça de Ituiutaba em trecho da denúncia.
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'Muro ao Lado'
A denúncia resultou da Operação Muro ao Lado, que teve duas fases: a primeira em 13 de agosto, e a segunda, 13 de outubro. Nas ações, a Polícia Civil, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apreendeu drogas, armas, celulares e equipamentos usados no tráfico.
Ao todo, aproximadamente 285 quilos de substâncias ilegais, como maconha, cocaína, ecstasy e LSD, foram movimentados pela organização no período.
Durante as buscas, os agentes também encontraram armamentos de uso restrito e grande quantidade de munição em imóveis ligados aos bandidos em Uberlândia, Belo Horizonte e Esmeraldas. A investigação também revelou que um policial civil de Ituiutaba colaborava com o grupo criminoso, repassando informações sigilosas e atrapalhando prisões e apreensões.